Carta Mensal

04.12.2023 - Carta ao cliente

Ribeirão Preto, 01 de dezembro de 2023

Prezado Cliente,

A economia mundial, em que pese todos os desafios sempre grandes, demonstrou em novembro, passar por um período de equilíbrio macroeconômico bastante estável.

Nos EUA, continuou o processo de queda da inflação, manteve-se elevado o nível do emprego, as empresas seguiram lucrativas, as condições financeiras apontadas pelo Fed encontram-se favoráveis, construindo-se uma percepção quase unânime que não será mais necessário elevar os juros, ao contrário, no segundo semestre do ano que vem, poderá começar uma redução.

A China, continuando a promover mudanças no mix de estímulos à economia, vem adotando políticas para ampliar o consumo interno, promove o aumento à exportação de produtos com maior incorporação tecnológica, de maior valor agregado, e, induz rapidamente a transição da sua matriz energética. Isto, em substituição aos investimentos intensivos na infraestrutura e no setor habitacional. Vale lembrar que o gigante asiático, não enfrenta o desafio de combater a inflação, pois lá, os preços praticamente não subiram no pós pandemia devido à enorme capacidade produtiva.

Tudo indica que a economia chinesa vá apresentar o crescimento projetado pelo plano plurianual de mais de 5% neste ano.

Na Europa as dificuldades são maiores, não se espera um crescimento, mas a queda na inflação tem sido maior e mais rápida do que projetado, o que sem dúvida é uma boa notícia e eleva bastante a chance de não haver mais aperto monetário no velho continente.

Este cenário internacional, tem sido muito positivo para a economia brasileira, as exportações bateram recordes, tem havido entrada de investimentos estrangeiros em grande monta no Brasil, recentemente, as comodities subiram os preços e as perspectivas de continuidade deste ambiente benigno são muito boas.

A inflação brasileira também se apresentou melhor que o esperado e o ciclo de corte nas taxas de juros vão continuar.

A agenda econômica avançou da forma esperada pelo Ministério da Fazenda no Congresso Nacional, tendo sido aprovada de maneira definitiva a tributação sobre os fundos off shore e fechados, o que deve proporcionar um aumento na arrecadação acima do esperado.

Segue em tramitação, ao tempo do Congresso Nacional, a questão das subvenções que pode trazer uma arrecadação da ordem de 34 bilhões de reais, a tributação sobre apostas esportivas e ainda, a estruturante, importantíssima, reforma tributária nos impostos sobre o consumo.

O Supremo Tribunal Federal, julgou a “pedalada” dos precatórios, decidindo que deve-se constituir um crédito extraordinário, não rompendo as regras fiscais, criando-se assim, as condições para pagar aproximadamente 94 bilhões de reais ainda neste ano. Isto, não só movimentará bastante a economia neste próximo período, parte relevante deste dinheiro vai para as famílias, pois há muito precatório previdenciário não pago, como desobstrui este relevante tema para a questão das metas fiscais para os próximos anos.

As condições para a economia brasileira mostraram-se tão positivas que os ativos financeiros mudaram seus preços de forma substantiva. E novembro, o dólar caiu 2,28% frente ao real, as taxas de juros futuras quebraram a barreira dos 10% fechando a 9,74% e a bolsa subiu 12,54%.

Há condições concretas para a continuidade do avanço na pauta econômica e a economia brasileira tem tudo para continuar melhorando nos próximos meses.


Atenciosamente,

 

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