Ribeirão Preto, 03 de maio de 2021.
Prezado Cliente,
A economia dos países desenvolvidos permanece em recuperação acelerada. Houve em abril, forte crescimento nas vendas, importante geração de emprego, melhora nas expectativas (das empresas e dos consumidores) e, o que é melhor, os indícios são robustos para a sustentabilidade deste comportamento ao longo do tempo.
A percepção deste bom momento, apoiada nos dados já divulgados, são inequívocos tanto para a economia americana, quanto chinesa e europeia. As autoridades econômicas, responsáveis pela formulação e condução das Políticas Econômicas nestes países, tem garantido a manutenção das políticas monetárias e fiscais em “módulo” extremamente estimulativos por um bom tempo ainda, mesmo com os riscos inflacionários.
Grosso modo, a atividade, produção e emprego já estão no nível pré pandemia na China, mas nos EUA e Europa só retornarão no ano que vem.
Há ainda, como relevante fator, os compromissos assumidos na cúpula do clima de “descarbonizar” as economias em velocidade elevada, a partir de agora, o que exigirá muita inovação, incorporação tecnológica, mudança comportamental, outros parâmetros para a organização das cidades, produção de energia, indústrias, agricultura, ou seja, muito, mas muito, investimento. Claro, isto, na hipótese de que seja cumprida a redução na emissão de carbono em 50% do que se emitia em 2005 até 2030 e neutralidade em 2050 (protocolo de Kioto) para evitar uma catástrofe climática ainda maior, como prescrevem os especialistas.
Com um ciclo tão intenso, desafiador e longo de investimentos, as perspectivas para a economia são animadoras. Simples como reconstruir o modo dos humanos habitarem a terra (é ver para crer).
A economia brasileira que devido às suas características geográficas poderia (e deveria) surfar nesta enorme onda que parece nascer, segue padecendo de um desarranjo político, econômico e social.
Isto, não tem permitido a construção de um projeto de crescimento com desenvolvimento econômico de longo prazo, inserindo-se na economia global de maneira eficiente, produtiva, competitiva, apoiado em seus diferenciais e talentos.
Passou da hora de se promoverem as reformas estruturantes como a administrativa, tributária, abertura da economia brasileira, para ao menos, almejar que seja possível parar de ficar para trás.
Atenciosamente
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