Prezado Cliente,
Ainda que permaneçam em patamar elevado, houve uma acomodação na percepção das incertezas advindas do ano eleitoral e das condições de equilíbrio fiscal no mês de janeiro.
Esse fator permitiu um aumento no apetite ao risco por parte dos investidores internacionais, atraindo capital, ancorado nos fundamentos econômicos, como o elevado diferencial de taxa de juros interno e externo, a robustez de nossas reservas internacionais e contas externas. Reflexo disso é a alta de 6,98% do IBOVESPA e a queda de 4,84% do dólar no fechamento do mês.
Neste início de ano as condições climáticas estão sendo favoráveis para o setor de energia. Com excelente volume de chuvas, os níveis dos reservatórios na faixa central do país atingiram o patamar próximo de 42%, o que permite vislumbrar um cenário de redução da bandeira tarifária já no início de abril.
A despeito dos impactos negativos da estiagem na região sul sobre a safra de grãos, em decorrência do efeito La Niña, as projeções indicam ainda um crescimento na safra agrícola em relação ao ano anterior, o que deve garantir uma certa estabilidade nos preços, ou até redução dos mesmos.
Dados do Caged e PNAD mostraram uma recuperação no nível de emprego no ano de 2021, mas de forma precária, com queda no rendimento médio real do trabalho, que atingiu o menor patamar desde 2012, como reflexo da inflação registrada, da ociosidade existente no mercado de trabalho e das mudanças na composição da população ocupada (incremento maior das vagas informais na criação de emprego).
Diante desse cenário, seguimos confiantes no processo de desinflação para 2022. Assim, o cenário para a própria atividade tende a ser levemente melhor do que o projetado por boa parte dos analistas.
Observação: Central de Atendimento Banco Central do Brasil (DDG) 0800 979 2345