Carta Mensal

01.07.2022 - Carta ao cliente

Ribeirão Preto, 01 de julho de 2022

Prezado cliente,

A Economia brasileira passa por um período de grande dificuldade. A inflação está muito alta, as taxas de juros subiram fortemente, o real se desvalorizou e o que é pior, a condução da economia foi colocada no “modo” populismo sem medir consequências e, à mercê das intempéries da eleição.

Apenas em junho, o dólar se valorizou frente ao real 11%, a bolsa brasileira caiu 11,5% e os juros futuros (que já estavam muito altos) subiram mais 4,11%.

É sabido que o cenário internacional também está difícil, mas, vagarosamente, converge para uma estabilidade, com boas perspectivas no médio prazo, em uma evolução que dependerá de uma provável redução na inflação, que pode estar próxima, ou até ter atingido seu pico.

As perspectivas para o Brasil têm piorado de forma galopante. Isto ocorre, devido aos enormes riscos que foram desnudados com o embate eleitoral, testando constantemente a capacidade das instituições brasileiras de resistirem aos ataques.

Primeiro, e muito importante, vale dizer que o Congresso Nacional, conduzido pelo Centrão, totalmente alinhado com o executivo federal “quebrou” parte relevante dos mecanismos de proteção das finanças públicas, da manutenção da gestão fiscal prudente e responsável.

O exemplo concreto disto, foi a aprovação de uma saraivada de medidas fiscais que tiram recursos dos tesouros estaduais e municipais em pleno correr do ano orçamentário em pelo menos R$ 70 bilhões para redução nos preços dos combustíveis e eletricidade. No orçamento da união, pelo menos R$ 41 bilhões de gastos fora do orçamento e claramente “furando” o teto dos gastos. Sim, será discutido judicialmente depois, mas bem depois, quando o dinheiro já estiver fora dos cofres públicos, restando a conta para ser paga pelo cidadão, pois a justiça não tem como “criar o dinheiro” para o ressarcimento, afinal quem gastou foi a União.

Os mecanismos criados para se “fazer política” no Congresso Nacional fizeram com que as emendas do relator e o orçamento secreto tenham um empenho neste ano de mais de R$ 16 bilhões. Não há qualquer eficiência alocativa na aplicação destes recursos e não existe paralelo no mundo civilizado. Curiosidade, segundo levantamento do jornal O Estado de São Paulo, desde o último dia 22 de junho, data da prisão do ex-ministro da Educação, em uma semana, o governo liberou R$5,8 bilhões em verba do orçamento secreto. O que é ainda pior para a economia, a toque de caixa, o famigerado orçamento secreto e emendas do relator já comprometem o orçamento de 2023.

É simplesmente inacreditável como a oposição não “grita” ou impede tais fatos. Votou junto, “amadrinhou” a gastança populista.

A lista é grande, assim a economia brasileira não tem como crescer com promoção do desenvolvimento neste segundo semestre em um ambiente tão tóxico como o atual.

Observação: Central de Atendimento Banco Central do Brasil (DDG) 0800 979 2345

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