Carta Mensal

01.09.2022 - BRP na mídia

Ribeirão Preto, 01 de setembro de 2022

Prezado cliente,

A inflação no mundo todo está muito elevada devido a uma série de problemas como os climáticos, que reduzem a produção de alimentos; a guerra na Ucrânia, que além de trazer incertezas, mortes, crueldades, catapultaram o preço da energia em toda a Europa; a pandemia da Covid-19, que desorganizou as cadeias de produção e mudou a postura das grandes companhias transnacionais, as quais passaram a buscar segurança (estabilidade) nos fornecedores, e, assim por diante.

Os bancos Centrais ao redor do globo agiram e embora as questões estruturais da inflação nos mais diversos continentes permaneçam, pode-se afirmar que os aspectos conjunturais já têm, hoje, outro comportamento.

O nível de atividades perdeu sustentação de maneira rápida na Europa, na Ásia, particularmente na China, e, mais suavemente nos EUA. No Brasil, só não ocorreu devido às efêmeras decisões de cunho eleitoreiro que estão “despejando” dinheiro na economia (a conta do ano que vem será bastante alta).

O Importante de tudo isto é que, sim, é possível afirmar que o pico da inflação mundial ficou para trás. Todas as commodities caíram de preço de forma relevante em agosto, como uma demonstração clara de que as perspectivas da demanda reduziram - é notório que a oferta neste período não cresceu e em alguns casos, como alimentos, até diminuiu.

Assim, alguns bancos centrais como o Fed nos EUA e o Europeu ainda subirão mais a taxa de juros para completar o ciclo de aperto monetário no combate à inflação, não assumindo o risco de se precipitarem, colocando o trabalho a perder.

Dados os efeitos rápidos, como aqui descritos, é possível acreditar que esta subida da taxa de juros possa parar um pouco mais cedo, ainda neste ano e, sobretudo, em um patamar menos alto do que o esperado. Com isto se confirmando, a dinâmica econômica para o próximo ano tende a melhorar.

Neste ano, ainda veremos fortes desacelerações ou mesmo queda em alguns lugares como na Europa.

Para o Brasil, os “milagres” eleitoreiros” vão empurrar a atividade até o final das eleições e, a partir daí, a economia vai se comportar moldada pelas escolhas que os brasileiros fizerem nas urnas, com bastante ênfase para o Congresso Nacional.

Atenciosamente,

Observação: Central de Atendimento Banco Central do Brasil (DDG) 0800 979 2345

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