Ribeirão Preto, 03 de outubro de 2022
Prezado Cliente,
O processo eleitoral brasileiro está em curso, iniciado no último domingo, será concluído no próximo dia 30.
É soberana a escolha do eleitor, claro, o futuro próximo do país está sendo forjado dentro das “regras do jogo” tendo sido demonstrada a força institucional da democracia brasileira. Um legado importantíssimo que poucos países possuem.
Como é sabido, o próximo Congresso Nacional está definido. De uma maneira geral, houve uma guinada conservadora o que pode indicar, do ponto de vista econômico, uma postura fiscal mais restritiva. Também as formulações para as reformas econômicas, tão vitais, desembocarão em estruturas mais concentradoras de renda, menos indutora do desenvolvimento econômico e social promovidos pelo Estado.
Os Executivos em vários estados e principalmente o Federal serão definidos no segundo turno. Parece inevitável que o país saia deste processo eleitoral dividido e ainda mais polarizado. Assim sendo, as consequências serão de muita dificuldade política, econômica e social no próximo ano.
O cenário econômico internacional está hostil, China com dificuldades para retomar seu ritmo de crescimento, Europa envolvida em uma guerra longa que a colocou em uma crise energética extremamente complexa, e os EUA trabalhando para dominar a maior inflação desde o final dos anos setenta do século passado.
Com isto, dificilmente o Brasil será impulsionado pela economia internacional para sustentar a atividade econômica.
No entanto, é possível esperar uma melhor captura brasileira, usando todo seu enorme potencial na atração de investimentos estrangeiros em energia sustentável, infraestrutura e produção agropecuária. Mesmo assim, as projeções para crescimento do PIB em 2023 não passam muito de 0,5%.
Este conhecido baixo crescimento convive com o Brasil nos últimos trinta anos e é resultado das recorrentes más escolhas feitas pela sociedade. Mudar isto, é um desafio ainda a ser vencido. Enquanto isto não ocorre, continuará sendo um dos países mais desiguais do mundo.
Atenciosamente,
Nelson Rocha Augusto
Observação: Central de Atendimento Banco Central do Brasil (DDG) 0800 979 2345