Ribeirão Preto, 02 de maio 2023.
Prezado Cliente,
Houve uma forte impulsão fiscal no ano passado devido à disputa eleitoral, e depois, a chamada PEC da transição estendeu de maneira igualmente grande este fenômeno para este ano. A dívida social é enorme, o que justifica (e torna necessária) esta escolha feita pela sociedade brasileira.
O represamento do consumo de serviços durante todo o período da pandemia da COVID -19 mudou a base de comparação e, este setor vem apresentando crescimentos importantes, o que tende a continuar, as áreas do entretenimento, lazer, turismo e mesmo nos serviços ligados à saúde que ficaram contidos, bem como outros serviços, têm tido indicadores mais robustos.
Todo o agronegócio brasileiro, para um ano que na média, os índices pluviométricos foram muito positivos, tem apresentado verdadeiros saltos de produtividade, eficiência e volume de produção.
Observa-se também na economia brasileira uma redução bem grande no custo de produção, há sobra de energia, minério de ferro, petróleo, fertilizantes entre outras matérias primas tiveram quedas expressivas em seus preços, mais ainda em reais, devido à redução do preço do dólar americano quando comparado à moeda brasileira.
Os fatos descritos até aqui explicam a “surpresa” dos analistas com a inflação no Brasil estar recorrentemente abaixo das previsões da grande maioria dos analistas. A geração de emprego também encontra-se relevantemente acima do esperado. Os investimentos no Brasil, incluindo os feitos pelos estrangeiros no país têm permanecido em patamares maiores do que os apontados pelos especialistas. E, o que é mais importante, a dinâmica da atividade econômica como um todo no Brasil também se comporta acima do esperado.
Como é amplamente conhecido, o maior problema macroeconômico brasileiro é o fiscal. Discutiu-se bastante recentemente, o novo arcabouço fiscal é: crescimento dependente. Sendo imperativo para seu funcionamento adequado que haja ampliação da receita. A maior crítica feita a ele, corretíssima, é que o país desembocará em um problemão econômico caso a receita não ocorra. Os otimistas dizem que parte desta receita virá da redução nas desonerações tributárias, que são muitas.
O ponto é, caso a aprovação do novo marco regulatório fiscal seja célere, como as lideranças no Congresso Nacional, têm dito, mesmo as da oposição, haverá espaço para uma redução substantiva na taxa de juros brasileira e a dinâmica da atividade que está positiva como dito, impulsionará o país para um crescimento bem acima do esperado pelos analistas. É possível, embora não esteja “contratado” um PIB bem próximo de 2% neste ano.
Atenciosamente,
Observação: Central de Atendimento Banco Central do Brasil (DDG) 0800 979 2345