Prezado Cliente,
Ao longo do primeiro semestre deste ano, o ambiente econômico brasileiro apresentou melhora substantiva.
A inflação caiu bastante e continuará baixa, pois os preços das matérias primas, os custos de produção, tem recuado com forte intensidade. Alguns analistas já esperam que o IPCA fique dentro do limite superior da banda determinada pelo Conselho Monetário Nacional 4,75% neste ano e a expectativa para o próximo ano está na casa de 3,5%, quando o centro da meta é 3%.
O novo arcabouço fiscal proposto pelo governo encontra-se em fase muito adiantada de aprovação no Congresso Nacional. O mesmo reduz de maneira drástica o risco de uma elevação descontrolada da dívida interna brasileira e aponta um norte bastante adequado para a política fiscal neste ano e nos próximos, o que é fundamental para a garantia do equilíbrio macroeconômico. É sabido, que há a necessidade de elevação da arrecadação, o que é sempre um desafio, mas a incerteza foi dissipada e os números são conhecidos.
A sociedade brasileira parece finalmente estar madura para um avanço enorme ao aprovar a reforma tributária simplificadora de todos os impostos Municipais, Estaduais e Federais sobre o consumo. Caso isto realmente ocorra, os ganhos de produtividade, redução de custo de observância, eficiência alocativa, deverão, progressivamente, elevar os investimentos, impulsionar o crescimento econômico de maneira relevante, saudável, sustentável ao longo do tempo.
As tensões políticas super elevadas no pós eleição (e 8 de janeiro) foram progressivamente “asserenando” ao longo do semestre, as instuições cumpriram seus papeis e hoje, o mundo percebe o Brasil como uma nação com bom nível de segurança para receber investimentos.
Com tudo isto, o país está pronto para o início de um ciclo duradouro de normalização da política monetária e, é possível vislumbrar taxa de juros de um digito no Brasil a médio prazo. Os cortes iniciar-se-ão na próxima reunião do Copom em agosto e poderão ser feitos de maneira mais veloz, a depender do comportamento da própria conjuntura econômica. Tudo caminhando como esperado, é possível pensar em uma Selic de 11% no final deste ano e abaixo de 10% no próximo.
Diferentemente do que foi propalado pela maioria dos analistas, os ativos financeiros brasileiros foram sendo precificados de forma a refletir toda esta melhora. O valor médio das empresas de capital aberto subiu na bolsa mais de 8%, o dólar americano perdeu 9,5% e as taxas de juros futuras (estrutura a termo para os próximos três anos) caíram 20%, figurando já, na casa dos 10%. Tende a continuar assim, pois para o atual momento do ciclo econômico brasileiro, o Brasil parece “barato”.
O que é ainda muito melhor, a vida dos brasileiros do ponto vista econômico, tende a continuar se recuperando por bastante tempo ainda.
Atenciosamente,
Observação: Central de Atendimento Banco Central do Brasil (DDG) 0800 979 2345