Carta Mensal

03.01.2024 - Carta ao cliente

Prezado Cliente,

O ano passado começou com perspectivas muito ruins para a economia brasileira, tanto em seus aspectos domésticos, insegurança institucional, com ataques ao Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e o Executivo Federal representado pelo Palacio do Planalto. Havia uma enorme incerteza nos aspectos fiscais, a inflação estava alta, o país vivia crise política, social e econômica.

Também a economia internacional não denotava boas perspectivas, a inflação estava muito elevada, particularmente, nos EUA e na Europa; a China apresentava dificuldade para superar a Crise em seu setor habitacional e já estava  com excesso de investimentos na infraestrutura, além de enfrentar um período de forte resistência à manutenção dela como principal supridora nas cadeias de produção globais devido à estratégia de vários países (principalmente os EUA) e dos vários conglomerados empresariais em diversos setores espalhados pelo globo. A invasão russa na Ucrania elevava ainda mais as dificuldades para a economia mundial.

Tudo isto, e muito mais, desenhava um cenário ruim para a economia brasileira.

Hoje, na alvorada do novo ano, tudo é completamente diferente. Sabe-se que a economia brasileira teve uma performance muito positiva em 2023.

Primeiro, a sociedade brasileira resgatou a capacidade de não “demonizar” a política e, com isto, a própria possibilidade de ampliar os debates dentro do ambiente democrático com o fortalecimento das instituições brasileiras construídas (e recorrentemente reformadas) desde a abertura. O País voltou fortalecido à normalidade.

Para a elaboração e condução da Política Econômica, esta é uma condição necessária.

Com isto, para evolução da economia brasileira, as reformas foram sendo feitas ao longo do ano: novo arcabouço fiscal, tributação dos fundos offshore e os fundos fechados dos super ricos, reforma tributária, subvenção do ICMS, precatório, para citar os principais.

No cenário internacional, ao menos até agora, os EUA dominaram a inflação mantendo o pleno emprego, com crescimento do PIB, o nível de atividades ficou praticamente no mesmo patamar, bastante elevado. A Europa também reduziu bastante o patamar inflacionário, com ônus limitado para as famílias e empresas, sem recessão. A China faz rapidamente a transição energética, passou a exportar produtos com maior componente tecnológico de maior valor agregado, tem ampliado o consumo das famílias e serviços, deverá ter crescido seu PIB em algo próximo de 5,2% em 2023.

O Brasil fechou o ano passado com inflação dentro da meta (algo próximo de 4,6%), baixo desemprego para os padrões brasileiros, robusta estrutura no balanço de pagamentos (contas externas), finanças públicas equilibradas com déficit próximo de 1,2% do PIB, nível de atividade em expansão e PIB tendo crescido mais de 3%.

Com isto, a bolsa subiu 22%, o Dólar caiu 8,3% e os juros futuros estão abaixo de 10% ao ano.

Há razões concretas para que 2024 seja um ano positivo para a economia brasileira.

Atenciosamente, 

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