Ribeirão Preto, 03 de junho 2024
Prezado cliente,
Há no Brasil, hoje, uma desconexão da performance do governo com a conjuntura econômica.
O governo não possui um projeto claro, definido, se comunica mal, tem uma articulação política falha e confusa. Não vai bem em diversas áreas.
Na economia, insiste em ideias ultrapassadas e comete os mesmos erros ao optar por intervir nas empresas. No fiscal, não propõe controle de gastos, melhorias, inovação na administração pública com reformas e ainda ressuscita “o gasto é vida”. O ajuste está trôpego, apenas com o lado da receita na direção correta, o que, obviamente, é insuficiente.
Os agentes políticos do governo, inclusive o presidente Lula, flertam com a intervenção na política monetária e, se o fizerem de fato, será um desastre retumbante. Repeteco do governo Dilma II. O Brasil não merece.
As expectativas dos agentes econômicos deterioraram muito nas últimas semanas, com reflexos importantes nos preços do dinheiro (as taxas de juros futuras subiram bastante), na taxa de câmbio, com o dólar se valorizando frente ao real, e no valor das empresas, com a bolsa brasileira tendo caído.
Tudo isso ocorre devido à percepção generalizada de que o futuro próximo não será bom para a economia brasileira, o que é um fato inequívoco, ao menos que haja uma significativa mudança de postura.
A despeito das percepções, sentimentos e interpretações dos agentes econômicos, a conjuntura econômica brasileira, recorrentemente, apresentou resultados significativamente melhores do que as previsões da maioria dos analistas, desde o ano passado.
A inflação foi menor, o nível de emprego, arrecadação, faturamento, lucro das empresas, corrente de comércio, vendas do comercio, consumo de energia elétrica, tráfego nas estradas, turismo, entretenimento, crédito, investimento e o próprio PIB, foram muito maiores.
Esta divergência entre a condução do Governo Federal e a conjuntura econômica pode ser explicada, em parte, pela volta da normalidade no funcionamento das instituições brasileiras e pelo cenário externo.
Como se sabe, esta situação não tende a ser muito longeva. Cabe ao governo, uma urgente mudança de postura, para que a conjuntura e, em última instância, que é o que realmente importa, a vida da população brasileira, continue progressivamente a melhorar.
Atenciosamente,